As prefeituras de cidades goianas investiram menos de 30% de suas receitas em melhorias nos municípios no ano de 2018. Dados do Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás (TCM-GO) mostram que Israelândia, no noroeste do Estado, foi o município que mais utilizou verba em investimentos, como obras e reformas. Da receita de R$ 14
milhões, R$ 3,8 milhões foram categorizados pelo TCM como investimentos, valor que corresponde a 27,4%. (veja quadro).
Entre as cidades que utilizaram menor porcentual de suas receitas próprias em investimentos, o primeiro lugar do ranking é de Santa Rita do Araguaia, localizada na divisa entre Goiás e Mato Grosso. Segundo o TCM, da receita total de R$ 18 milhões,apenas R$ 75 mil foram aplicados em melhorias, como compra de veículos, maquinas de equipamentos diversos. Os dados do TCM são compilados levando em consideração números informados pelos próprios municípios ao tribunal.
A prefeita de Santa Rita do Araguaia, Tânia Maria Toledo Salgueiro (PSD), afirma que a maior parte do dinheiro que entra no caixa do município é referente ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM), um repasse do governo federal. “A folha de pagamento é muito pesada e Santa Rita é um município pequeno e com muitos
problemas. Não temos saneamento básico e 70% da cidade não tem asfalto”, afirma a prefeita.
Segundo Tânia, a saída encontrada para melhorar a situação econômica foi inserir Santa Rita na rota turística do Estado, devido às nascentes do Rio Araguaia.
“Esbarramos em diversos problemas ainda, como erosões no meio da cidade. Mas estamos buscando formas de mostrar o potencial do município”, diz Tânia.
Para 2019, a expectativa da prefeitura é investir R$ 3 milhões entre receita própria e emendas parlamentares. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística mostram que Santa Rita tem população estimada de 8,7 mil habitantes.
Buritinópolis é o segundo município no ranking dos que menos investiram em relação à receita em 2018. Com R$ 15 milhões em caixa ao longo do ano passado, R$ 69 mil foram aplicadas em melhorias, o que corresponde a 0,43%. A prefeita Ana Paula Soares (PSDB) diz que Buritinópolis “vive de FPM” e aponta que o dinheiro é utilizado
para honrar o salários dos servidores efetivos e comissionados e manter as escolas em funcionamento.
“Além da folha, gastamos muito com o transporte de moradores da cidade para tratamento médico em Goiânia, já que não temos serviço de qualidade na nossa região.” Buritinópolis está localizada no nordeste de Goiás, na divisa com a Bahia.

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